28 / 32 dentes?

    O conjunto completo de dentes permanentes. Todos, para um modelo (idealizado) de   melhor funcionamento, devem estar espacialmente relacionados conforme condições pré-estabelecidas, e geneticamente bastante prováveis, de simetria, tanto de número e forma (contorno e volume), quanto de posição. Devem participar de contextos orgânicos compatíveis com saúde (neste caso em harmonia o funcionamento de grupos musculares, nervos, ligamentos, articulações e a variedade dos demais tecidos e "estruturas" participantes).

       De um modo geral e aproximado, é possível demarcar algumas classes de função (participação orgânica) para os grupos de dentes, pelas suas características anatômicas, épocas e posições, bem como atribuir função ou finalidade dependente para todo o conjunto de dentes (arcos maxilar e mandibular) em relação à estrutura (continente) oferecida pelos ossos do cr6anio e da face, músculos, articulações e demais tecidos constituintes, todos, de um modo ou de outro, fundamentalmente convergentes às necessidades vitais do organismo.

      Assim, os dentes posteriores são utilizados essencialmente para a trituração dos diversos tipos de alimento, enquanto que os dentes pré-molares compartilham parte da trituração e, com os caninos, ainda, desempenham função de apreensão compartilhadadilaceração. Os incisivos, por sua vez, executam a tarefa funcional de apreensão e, com os caninos, parte da incisão e dilaceração dos alimentos.  

     Por óbvio, e mesmo que o sistema orgânico geneticamente ocorra "de modo aproximativamente finalista" a julgar pela qualidade ou natureza das características morfo-funcionais dos padrões anatômicos médios, ao menos da maioria em termos de variedades étnicas/raciais humanas; é pelo potencial de adaptação orgânica verificado que, ainda pela variedade e lliberdade cultural alimentar, se estabelecem "graus de liberdade clínica operacional" quanto à exploração funcional e estética dedicada a cada situação em sua particularidade.

 

             Simetria

     Os dentes na maioria das vezes ocorrem ou manifestam (expressão epigenética) algum grau de irregularidade ou assimetria considerando suas formas (contornos), volumes e posições, podendo, a referida condição, realmente influenciar de modo significativo determinados predicados funcionais associados ao conjunto total de dentes (o "sistema dentário"), especialmente quando "saímos um pouco" da influência persuasiva, estética e imediata dos sentidos e passamos a examinar (e nos examinarmos), com maior detalhe e rigor, as relações entre partes e a relação do valor destas quanto à manutenção do entendimento profissional relativo à saúde dos tecidos envolvidos.

     Tipos e graus de assimetria, portanto e de fato podem estar associados etiologicamente a condições orgânicas consideradas potencial ou efetivamente deletérias em relação à qualidade da participação funcional (e estética) dos constituintes do sistema estomatognático (mastigatório).

     Os primeiros sinais de funcionamento desfavorável, podem ser:

     a) dificuldade ao mastigar alguns tipos de alimento;

     b) dificuldade de higienizar os dentes, gengiva e/ou língua;

     c) desgaste anormal dos dentes (tipos e graus além do esperado para determinada condição/época);

     d) mobilidade de um ou mais dentes;

  e) dor e/ou incapacitação relativa aos dentes e regiões (tecidos/locais) associadas (músculos da face, articulações temporomandibulares, ligamento periodontal, ossos associados, língua, além de outros mais...).

     Assim, detectar condições de assimetria (todas as classes de interesse) e examiná-las a fim de conhecer suas condições etiológicas prováveis, bem como classificá-las e qualificá-las com vistas a constituir modelos de representação individual confiáveis das condições dos pacientes, implica conduta técnica e ética profissional essencial (primária) relacionada à qualidade do diagnóstico, das possibilidades em termos de hipóteses prognósticas, e, naturalmente, das condições estritas relativas às possibilidades intervencionais (tratamento) propostas/sugeridas.

 

             Mastigação

       É a função por excelência (sobrevivência) essencial nutricional de qualquer ser humano, a partir da qual os alimentos em estado bruto são inicialmente modificados em volumes, consistências e partes menores e, com a ação conjunta da saliva, são então "homogenizados" e umidificados a fim de permitir a etapa seguinte, neste caso ainda voluntária, de deglutição, com isso, dando seguimento à fases subsequentes, "progressivamente menos voluntárias", culminando, neste sentido, na digestão e no ulterior aproveitamento dos alimentos para a produção de energia e "trabalho", função ou movimento destinado e interdependente, orgânico.

 

             Fonação

     Ato de executar ou produzir sons (inteligíveis). Constitui-se na base de possibilidade da comunicação oral.        Dentes, bases esqueléticas, nervos, músculos e articulações, os quais estejam em condição morfo-funcional reconhecidamente desafavorável, poderão influenciar, de modo eventual e significativamente negativo, a qualidade total desta função. 

 

             Expressão social (sorriso)

     A influência do sorriso na vida das pessoas é bastante variável. Em alguns casos pode haver tamanha discrepância associada às condições dentofaciais que o tratamento ortodôntico poderá realmente determinar uma transformação expressiva, tanto em relação aos benefícios atribuídos à função mastigatória, saúde, conforto e estabilidade, concebidos a partir de referenciais anatômicos específicos (avaliação profissional especializada), quanto em relação à aparência facial e autoestima. Contudo, estes são casos especialmente mais complexos e, geralmente, exigem conduta inter ou mesmo pluridisciplinar a fim de que a previsibilidade de resultados e consistência do tratamento possam ser conquistadas de modo robusto.

 

 

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